Orixá elegbara é mestre de terra e fogo. Formoso, banhado de Rio e vestido de Preto, embeveceu as águas, enfeitiçou os peixes e fisgou o PR. Por quase um dia inteiro zombou da margem, saltou da ponte e nadou tranquilo. Mas o senhor do remanso, tecelão dos ingás, casco de canoa, emergiu do Rio Preto. Nego Dágua, supremo da calha e das curvas, pegou o Exu pelos buracos da venta, arrastou o tinhoso das barrancas para o fundo do leito e por mais de uma hora deu um limpa no pesteado. Já zarolho, gaguejando e espumando pela fuça, o capeta ladrão de partido não aguentou os catiripapos do dono da bacia do Velho Chico e teve de devolver o PR.
De joelhos e choroso, o cabrunco pediu desculpas ao radialista Isael Rocha e sumiu na campeira em direção ao Piauí.
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