Valdenilton Rodrigues de Oliveira, 38 anos, nascido em Ibotirama, foi assassinado nesta madrugada a golpes de estoque – facas de fabricação artesanal – na cela principal da Delegacia de Polícia de Luís Eduardo Magalhães.
A custódia da Delegacia é um calabouço infecto e inseguro, dividido em duas celas, que abriga 89 presos, apesar de ter apenas 12 vagas, sob a responsabilidade de agentes de Polícia Civil que não são pagos para a função de guarda e vigilância de detidos.
Enquanto isso, o Governo do Estado, por motivos desconhecidos, protela a inauguração do presídio provisório de Barreiras.
Em novembro de 2014, o então governador Jaques Wagner já vistoriava as obras finais do presídio. Passaram-se quase dois anos.
No início de dezembro do ano passado, uma decisão da Fazenda Pública da comarca de Barreiras determinou a abertura do Centro de Detenção Provisória (CDP) da Cidade. Segundo sentença da juíza Marlise Freire Alvarenga, o governo do estado tinha, então, prazo de 120 dias para pôr em funcionamento o centro, que estava pronto há cerca de um ano.
A Magistrada acatou uma liminar interposta pela Promotoria Pública do Estado. Pela decisão, o prazo valeria a partir do último dia 30 de novembro.
O local deve abrigar uma média de 500 homens. Em caso de não cumprimento da medida, a multa diária foi estipulada em R$ 5 mil. A Magistrada determinava também que se o Estado não concluísse a licitação para contratar a empresa gestora do centro no prazo previsto, o governo deveria operar a unidade em 90 dias, a partir do término do processo licitatório considerado “frustrado ou deserto”.
A CIPE Cerrado fez a remoção dos presos da cela para a retirada do corpo do prisioneiro.
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