As
11 Cabeças, são eles: 1 - Lampião, 2 - Quinta Feira 3 - Maria Bonita 4 -
Luiz Pedro 5 - Mergulhão 6 - Elétrico 7 - Caixa de Fósfor 8 - Enedina 9
- Cajarana 10 - Não Identificado 11 - Diferente.
Em 28 de julho de 1938 um dos coiteiros de Lampião “Pedro de Candido”,
torturado pela polícia de Alagoas, acabou por entregar o esconderijo do
bando.
O sol ainda não tinha nascido quando os estampidos ecoaram na Grota do
Angico, na margem sergipana do Rio São Francisco. Depois de uma longa
noite de tocaia, 48 soldados da polícia de Alagoas avançaram contra um
bando de 35 cangaceiros. Apanhados de surpresa – muitos ainda dormiam -,
os bandidos não tiveram chance. Combateram por apenas 15 minutos. Entre
os onze mortos, o mais temido personagem que já cruzou os sertões do
Nordeste: Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião.
A força volante, de maneira bastante desumana para os dias de hoje, mas
seguindo o costume da época, decepou a cabeça de Lampião. Maria Bonita
ainda estava viva, apesar de bastante ferida, quando foi degolada. Feito
isso, salgaram as cabeças e as colocaram em latas de querosene,
contendo aguardente e cal. Os corpos mutilados e ensanguentados foram
deixados a céu aberto, atraindo urubus. Para evitar a disseminação de
doenças, dias depois foi colocada creolina sobre os corpos. Como alguns
urubus morreram intoxicados por creolina, este fato ajudou a difundir a
crença de que eles haviam sido envenenados antes do ataque, com
alimentos entregues pelo coiteiros traidor. Era o fim da incrível
história de um menino que nasceu no sertão pernambucano e se transformou
no mais forte símbolo do cangaço.
Destemido, comandava invasões a sítios, fazendas e até cidades.
Dinheiro, prataria, animais, joias e quaisquer objetos de valor eram
levados pelo bando. A situação chegou a tal ponto que, em agosto de
1930, o Governo da Bahia espalhou um cartaz oferecendo uma recompensa de
50 contos de réis para quem entregasse, “de qualquer modo, o famigerado
bandido”. “Seria algo como 200 mil reais hoje em dia”, Foram
necessários oito anos de perseguições e confrontos pela caatinga até que
Lampião e seu bando fossem mortos.
Essa incrível história de luta no sertão do nordeste é até hoje lembrado e contado por muitas pessoas.
Juntamente com as 11 cabeças dos cangaceiros mortos, alguns pertences
foram recolhidos no local. A pedido da família em 1969, as cabeças de
Lampião, Maria Bonita, que estavam no Museu Nina Rodrigues, Salvador
(BA), foram enterradas.
Comentários
Postar um comentário