por Luís Filipe Veloso
Foto: Reprodução/ Caraíbas FM
Vereadores da cidade de Irecê protocolaram denúncia, na
última quarta-feira (26), no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e
também encaminharam requerimento ao procurador-geral do Ministério
Público da Bahia, além da promotoria do MP local, contra o presidente da
Câmara Municipal, Luciano Pereira Silva (PV), por supostas
irregularidades na contratação de cinco empresas de consultoria cujo
custo anual se aproxima de meio milhão de reais. A acusação questiona o
gestor pela dispensa de licitação na contratação de serviços com valores
acima da média de mercado. De acordo com os quatro denunciantes do
grupo de oposição, um contrato de assessoria contábil custa aos cofres
públicos a bagatela de R$ 144 mil em 12 meses. Conforme dados colhidos
nas cópias das correspondências enviadas aos órgãos de fiscalização,
encaminhadas ao Bahia Notícias, a casa legislativa possui, apenas, 46
funcionários. O custo mensal com a contabilidade deste pequeno
contingente tem sido de R$ 12 mil. O caso toma ainda outros rumos quando
entram em análise contratos de prestação de serviços jurídicos. Para
atuar nessa área foram realizados quatro vínculos que, juntos, totalizam
quase R$ 300 mil anuais. Os denunciantes ressaltaram, ainda, que o
cargo de gestor jurídico, previsto em lei, permanece em aberto e não há
previsão de realização de concurso público para preenchimento da vaga.
Os vereadores questionam a justificativa de que a contratação direta da
prestação de serviços de consultoria jurídica é provocada pela falta de
profissional competente para realização da atividade, o que onera o
município e vai de encontro ao que está previsto na Constituição.
Foto: Reprodução
O documento assinado pelos vereadores Espedito Moreira,
Hildegard de Oliveira, Joilton da Silva, Leonardo da Silva, Margarida
Cardoso da Silva Batista e Paulo Joaquim de Souza solicita aos órgãos
competentes que exijam do administrador da Câmara que disponibilize os
documentos para análise e ofereça explicações pela dispensa da licitação
nos mesmos, além de cancelar os vínculos questionados em caráter
imediato. Há, por fim, o pedido de abertura de concurso público para
contratação de assessor jurídico para a casa legislativa. Os requerentes
aguardam o retorno dos órgãos competentes. (Atualizada às 9h07)
Foto: Reprodução
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