Os moradores de Euclides da Cunha, Senhor do Bonfim, Itiúba e mais 12
municípios baianos estão assustados há algumas semanas com um novo tipo
de doença que causa alterações na pele e parece ser contagiosa. Ainda
não se sabe o que causa as lesões e, em alguns casos, febre nas pessoas
infectadas. O coordenador de vigilância epidemiológica de Salvador(SMS),
Enio Soares, confirmou que somente na capital baiana, 316 casos já
foram registrados até a última sexta-feira (24). A Secretaria Estadual
(Sesab) ainda não tem o levantamento do número de casos em toda Bahia.
O infectologista Fernando Badaró é taxativo ao afirmar que a doença não
tem relação com a dengue e chikungunya. “Ainda não se sabe quais são as
causas ou formas de transmissão da doença”, esclarece. Ele comenta ainda
sobre a possibilidade de ser transmitida por um vírus ainda
desconhecido na Bahia: “Essa é uma possibilidade, os testes estão sendo
feitos para verificar se é um vírus ainda não conhecido na nossa
região”, destaca.
A Sesab destacou que casos já foram registrados em mais 14 municípios
além da capital. São eles: Euclides da Cunha, Itiúba, Senhor do Bonfim,
Ilhéus, Jequié, Camaçari, Quixabeira, Ipirá, Pé de Serra, Araci, Simões
Filho, Vera Cruz, Jaguaripe, Paulo Afonso e Ponto Novo.
Os sintomas apresentados são pintas no corpo com coceira, porém sem
febre, que duram em média sete dias e desaparecem sem causar nenhum
outro dano. Exames já descartaram que se trate de dengue, febre
chikungunuya, rubéola e sarampo. Outras duas viroses possíveis,
parvovírus ou roséola, ainda serão analisadas fora do estado. A roséola é
uma infecção viral infecciosa bastante comum, que causa febre e
erupções cutâneas (manchas vermelhas na pele), especialmente em
crianças. O parvovírus do tipo B19 também é mais comum em crianças e
adolescentes.
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